O pastor presbiteriano Augusto Nicodemus, da Primeira Igreja Presbiteriana de Recife, conseguiu em uma única entrevista se contradizer, falar mal do trabalho de igrejas sérias sem conhecer e disseminar fake news.

Tais declarações polêmicas foram concedidas a um jornal paulista que, frequentemente, ataca evangélicos.

Ele abusou de frases e argumentos preconceituosos costumeiramente usados por militantes da esquerda, como ao falar que “tem igreja que só liga para dízimo“.

“Elas estão preocupadas porque têm um sistema de arrecadação que depende do [culto] presencial. Para não serem estranguladas financeiramente, vão dizer o que for necessário para defender igrejas abertas”, disse.

Além disso, Nicodemus ofende os pentecostais afirmando que “muitos pentecostais clássicos aderiram à teologia em tempos recentes”. Ele também faz ofensas contra igrejas neopentecostais, que prefere nem chamar de igrejas, segundo a reportagem.

Afirmou que pastores de diversas denominações utilizam a “religião como forma de enriquecer” e garantiu que a igreja enriquece e os fiéis ficam pobres. Ele ainda diz que “fica com medo de falar a respeito de dinheiro.” Em outras palavras, tem medo de pregar a Bíblia.

O mais contraditório é que logo a seguir, afirma que “o valor de 10% (dízimo) é desde o tempos dos patriarcas, fez parte das leis cerimoniais de Israel e é praticada pelos cristãos como referência de contribuição que é regular, generosa e proporcional.”

Em mais uma contradição, Nicodemus diz “que contribuir faz parte da gratidão que prestamos a Deus”. Porém, chama pastores que pedem contribuição de “falsos profetas, mercenários”.

Mas conclui afirmando que a igreja “precisa de recurso para manter instalações, funcionários, os pastores são assalariados.”

Afinal, ele é contra ou a favor do dízimo?

Além de confuso em seu raciocínio, Nicodemus demonstra-se orgulhoso e também preconceituoso ao comentar: “Minha igreja é de classe média. Quem tem sofrido muito [com o lockdown] é o pessoal de classes mais baixas.”

Essas pessoas de classes mais baixas as quais ele se refere foram as mais assistidas pelos trabalhos sociais importantissimos realizados pelas igrejas evangélicas em todo o tempo, mas que se intensificou durante a pandemia.

Tais declarações só reforçam o que pessoas próximas a ele dizem: que lhe falta humildade para reconhecer que não sabe de tudo. Antes, ele prefere criticar o trabalho das igrejas evangélicas brasileiras aos quatro cantos.

O próprio Bispo Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas, já convidou Nicodemus de diversas maneiras para que ele visite o Templo de Salomão e o Jardim Bíblico. Nicodemus nem sequer respondeu aos convites.

É lamentável que um líder cristão fale de algo que não conhece de perto e ainda faça questão de afirmar que  “a Bíblia fala mais de dinheiro do que de amor”. Ele, além de acreditar em fake news, as reproduz em entrevistas e comentários por onde vai. 

A pergunta que fica é: por que, se ele não acompanha de perto o trabalho das sérias igrejas brasileiras, faz questão de criticá-las a fim de tentar confundir seus fiéis? Seria por inveja? Ou por pura maldade?

Talvez, a resposta esteja na própria Bíblia, em Mateus 23.13

"Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando."

Os hipócritas são mestres em picuinhas, fiéis nas coisas mínimas, mas negligentes nas importantes. Fazem questão de mostrar exteriormente o que não são interiormente. Adoram cobrar dos outros o que não fazem pelo próximo.

Enfim, qualquer semelhança entre a entrevista dele e o que o Senhor Jesus diz sobre os fariseus não é mera coincidência.