Durante os últimos dois anos, a União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos tem manifestado preocupação sobre a atual situação de violações da liberdade de religião e crença na Nicarágua.  O regime de Daniel Ortega tem sido implacável no que diz respeito à perseguição contra Igrejas e Cristãos naquele país. Já denunciamos aqui a proibição das procissões de Páscoa, o fechamento de rádios católicas, expulsão de padres e freiras do país, bem como o encerramento forçado da Cruz Vermelha Nicaraguense com a posterior destituição de suas propriedades.

Em outra ocasião, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) já havia ordenado a libertação de onze pastores e missionários que foram presos injustamente pelo governo Ortega. Os religiosos pertencem a uma filial nicaraguense do ministério denominado “Puerta de la Montaña”, que sem provas foram condenados à uma prisão desumana, com sentenças que variam entre 12 a 15 anos, com multas superiores a US$ 80 milhões para cada. As atividades da Puerta de La Montaña foram encerradas e também tiveram confiscados suas propriedades e seus ativos – do mesmo modo que ocorreu com a Cruz Vermelha.

Apesar da intervenção da referida Corte Interamericana, as notícias que continuam chegando não são animadoras. O Ajuda Barnabas, um ministério de auxílio à Igreja perseguida, informou que centenas de igrejas foram fechadas na Nicarágua, tendo sido atingidas por uma repressão do governo às  várias ONGs. Segundo a organização, somente em agosto de 2024, 1.650 igrejas e ONGs Cristãs foram forçadas a fechar.*

Desse modo, a UNIGREJAS – União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos, renova seu manifesto contra a perseguição religiosa exercida pelo regime de Daniel Ortega, reforçando os pedidos de oração pela Igreja e pelos crentes que vivem em Nicarágua.

 

 São Paulo, 27 de fevereiro de 2025. 

* Leia aqui o pedido de oração pela Nicarágua: https://www.barnabasaid.org/br/pray/daily-prayer/2025-02/#2025-02-26.