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São Paulo, 18/04/2024

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    Cérebros de pessoas obesas têm prejuízos parecidos com os de quem tem Alzheimer

    Estudo mostra que a perda de peso pode retardar o declínio cognitivo e reduzir o risco de demência com o passar dos anos

    Fonte: Freepik/ Vectorjuice
    Cérebros de pessoas obesas têm prejuízos parecidos com os de quem tem Alzheimer

    Um artigo publicado na terça-feira (31) no Journal of Alzheimer's Disease mostra que pessoas obesas sofrem neurodegeneração cerebral em níveis semelhantes aos de indivíduos com a doença de Alzheimer.


    Os achados, afirmam os autores do estudo, sugerem que a perda de peso pode retardar o declínio cognitivo e reduzir o risco de demência com o passar dos anos.


    Para o estudo, os cientistas usaram amostras de mais de 1.300 pessoas e fizeram comparações entre obesos e não obesos, e pessoas diagnosticadas com Alzheimer e outras saudáveis.


    Dessa forma, eles criaram mapas de atrofia da massa cinzenta do cérebro para cada grupo.


    Ao analisar os dados, os pesquisadores constataram, por exemplo, que o afinamento no córtex temporoparietal direito e no córtex pré-frontal esquerdo foi semelhante em indivíduos obesos e naqueles com Alzheimer.


    Essa descoberta mostra, segundo os autores, que a obesidade pode causar o mesmo tipo de degeneração encontrado em quem sofre com a doença de Alzheimer.


    Estudos anteriores já tinham relacionado a obesidade ao Alzheimer, mas do ponto de vista de danos cerebrovasculares e do acúmulo de proteína beta-amiloides no cérebro.


    “Nosso estudo fortalece a literatura anterior, que aponta a obesidade como um fator significativo na doença de Alzheimer, e mostra que o afinamento cortical pode ser um dos mecanismos de risco em potencial. Nossos resultados destacam a importância de diminuir o peso em indivíduos obesos e com sobrepeso na meia-idade, para diminuir o risco subsequente de neurodegeneração e demência”, afirma em comunicado Filip Morys, pesquisador do The Neuro (Montreal Neurological Institute-Hospital) da Universidade McGill e primeiro autor da pesquisa.


    No Brasil, um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais fez uma previsão de que, até 2023, haverá um recorde de pessoas obesas.


    Atualmente, 22% da população brasileira está obesa, taxa que dobrou desde 2006, segundo o Ministério da Saúde. Mas o estudo calcula que, nos próximos sete anos, um terço terá obesidade.


    O excesso de peso representa uma série de riscos à saúde, principalmente se permanecer por muitos anos.


    Indivíduos obesos têm mais incidência de hipertensão e diabetes e maior chance de desenvolver alguns tipos de câncer.




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