Debate com religiosos na Live do Jornal da Record
Bispos e teólogo criticam a manutenção do fechamento dos templos em mais de 400 cidades mesmo após decreto presidencial
Os líderes religiosos voltaram a criticar nesta sexta-feira
(31), durante a Live JR, a manutenção do fechamento das igrejas em cerca 400
cidades brasileiras. A decisão vai contra o decreto federal assinado em março
pelo presidente Jair Bolsonaro, que inclui templos na lista de atividades
essenciais.
O Bispo Eduardo Bravo, da União Nacional das Igrejas e
Pastores Evangélicos, avaliou que muitas autoridades não sabiam o que fazer e
"aproveitaram a pandemia para manifestar o preconceito religioso".
Para o teólogo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Rodrigo
Silva, prefeitos e governadores ecoaram o "consciente coletivo" de
que a religião é algo de pouca importância. Ele cita que os atuais
acontecimentos evidenciaram o que chamou de 'religiofobia'.
"Qualquer tipo de manifestação artística que deplore o
nome de Jesus é liberdade de expressão e qualquer outro tipo de manifestação já
é preconceito. Mas não existe o preconceito contra a religião", observou
Silva.
Para o Bispo da Igreja Sara Nossa Terra, Christiano
Guimarães, a manutenção do fechamento é fruto da falta de conhecimento. "O
medo e da preocupação excessiva. As pessoas, sem saber como agir, preferem agir
pelo excesso", lamentou ele.
Eduardo Bravo disse que o objetivo principal das igrejas é
ajudar as pessoas e criticou a fala de alguns prefeitos que recomendaram a
execução das atividades religiosas dentro de casa.
não têm condições de ler a Bíblia. Ela não entende nada. Ela está tão
perturbada, angustiada e desesperada que precisa que alguém fale e ore com
ela", explicou Bravo.
Segundo Guimarães, que vê muitas das atitudes tomadas para
agradar a opinião pública, a importância do trabalho das igrejas não foi levado
em conta. "Quem está presente nos cultos está sentindo a segurança, porque
eu sou o último a querer que um fiel contraia a covid-19 na minha igreja",
afirmou.
As entrevistas da Live JR acontecem todas as semanas. O
público pode acompanhar ao vivo na Record News, pelo R7 e pelas redes sociais
do Grupo Record. Além disso, haverá exibição de trechos no Jornal da Record e
no Fala Brasil. Confira como foi:
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